A revista é um gênero teatral
musical que foi implementada no Brasil durante a segunda metade do século XIX ,
seguindo o modelo original Francês ,mas com
advento da guerra em 1914, ficou mais complicado a turnê de companhias
europeias para o Brasil, o que fortaleceu o mercado e valores locais, adquiriu características
brasileiras através de temais locais, e constituiu na historia artística do
Brasil, um momento de muito risco e criatividade, renovando assim, da cena teatral
brasileira. Através da tríplice aliança, entre o modelo europeu, o carnaval e a
música popular emergiu um espetáculo com uma nova feição, marcando assim o
inicio do teatro de revista na década de 20 e 30.
Os espetáculos passavam em
revista fatos políticos e acontecimentos populares, ridicularizando fatos e
pessoas, sendo muitas vezes, considerada uma ameaça aos valores tradicionais estabelecidos.
Os espetáculos eram escritos justamente pelo que o publico queria ver, uma
revista do que tinha acontecido naquela semana, naquele mês, pela via do humor
e da crítica. Por essa razão conviveu com a censura durante grande parte de sua
história
O Rio de janeiro, a capital do império,
era o principal polo de produção , a
partir da praça Tiradentes, mas revista irradiou-se para o resto do pais , de
norte a sul, adaptando-se as características regionais. Em são Paulo, diferente
do Rio de Janeiro , o gosto era pelos costumes da roça, sotaques e tipos , como
o caipira e o italiano..
Não era considerado pela elite
intelectual , que apenas apreciava os companhias estrangeiras . Essas elites
econômicas e intelectuais brasileiras não consideravam como um gênero
artístico, e sim como representante de uma tradição atrasada e indesejável.
Existiam convenções para produção
de uma revista, onde se colocavam e
retiravam quadros cênicos, se tornando
um grande veículo de lançamento de
músicas, atores e autores. Por exemplo, se surgia uma música, ou um fato político
de relevância, e tem uma revista em cartaz, estes podem fazer parte dos quadros
da revista.
Os espetáculos se destacavam por
sua seriedade profissional e a qualidade artística, e com a sua popularização
surgiram empresários oportunistas que acabavam por ajudar a estigmatizar o
gênero.
Referencias:
Antunes Delson, 1916- Fora do
Sério – Um panorama do teatro de revista no Brasil/ Delson Antunes – Rio de
Janeiro , Funarte, 2004.
Documentario.
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