Lady Silvinni

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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Teatro de Revista


A revista é um gênero teatral musical que foi implementada no Brasil durante a segunda metade do século XIX , seguindo o modelo original Francês ,mas com  advento da guerra em 1914, ficou mais complicado a turnê de companhias europeias para o Brasil, o que fortaleceu o mercado e valores locais, adquiriu características brasileiras através de temais locais, e constituiu na historia artística do Brasil, um momento de muito risco e criatividade, renovando assim, da cena teatral brasileira. Através da tríplice aliança, entre o modelo europeu, o carnaval e a música popular emergiu um espetáculo com uma nova feição, marcando assim o inicio do teatro de revista na década de 20 e 30.
Os espetáculos passavam em revista fatos políticos e acontecimentos populares, ridicularizando fatos e pessoas, sendo muitas vezes, considerada uma ameaça aos valores tradicionais estabelecidos. Os espetáculos eram escritos justamente pelo que o publico queria ver, uma revista do que tinha acontecido naquela semana, naquele mês, pela via do humor e da crítica. Por essa razão conviveu com a censura durante grande parte de sua história
O Rio de janeiro, a capital do império, era o principal polo de produção ,  a partir da praça Tiradentes, mas revista irradiou-se para o resto do pais , de norte a sul, adaptando-se as características regionais. Em são Paulo, diferente do Rio de Janeiro , o gosto era pelos costumes da roça, sotaques e tipos , como o caipira e o italiano..
Não era considerado pela elite intelectual , que apenas apreciava os companhias estrangeiras . Essas elites econômicas e intelectuais brasileiras não consideravam como um gênero artístico, e sim como representante de uma tradição atrasada e indesejável.
Existiam convenções para produção de uma revista, onde se colocavam  e retiravam  quadros cênicos, se tornando um  grande veículo de lançamento de músicas, atores e autores. Por exemplo, se surgia uma música, ou um fato político de relevância, e tem uma revista em cartaz, estes podem fazer parte dos quadros da revista.
Os espetáculos se destacavam por sua seriedade profissional e a qualidade artística, e com a sua popularização surgiram empresários oportunistas que acabavam por ajudar a estigmatizar o gênero.

Referencias:
Antunes Delson, 1916- Fora do Sério – Um panorama do teatro de revista no Brasil/ Delson Antunes – Rio de Janeiro , Funarte, 2004.
Documentario.

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